sábado, 21 de setembro de 2013

Queremos mais JOVENS XUCROS & LIVRES !

 “Se relembramos os costumes e tradições gaúchas,  já conhecidos,  não é  para dar mais volume aos  falatórios, as proibições e aos preconceitos, mas para  protegermos a memória cultural de uma nação gaúcha alicerçada nos princípios de humanidade, igualdade e liberdade( Adelar Bitencourt Rozin )”.


Já dizia o pensador que “não é o hábito que faz  o monge”,   nem é a “pilcha que faz o gaúcho ”

O jovem aparece nos grupos de dança e nas competições campeiras e desportivas, para ganhar troféus para seus CTGs e envaidecer seus pais, ou para trabalharem, gratuitamente, de garçons ou em outras changas, nos churrascos mensais abertos à comunidade, as vezes quase até explorados pelas entidades.
Sabemos que é  cada vez mais comum a sociedade contemporânea criar convenções sociais, padrões, modismos,  eventos  cheios de proibições e frescuras, sem falar nas patacoadas, rapapés e salamaleques. Mas isso não quer dizer que o CTG deve seguir esta onda e se afastar dos princípios de simplicidade, humanidade, fraternidade e igualdade.
As convenções e normas que não refletem a vontade popular,  assusta, provoca aversão e rechaço não só no jovem, também afugenta os mais velhos, pelo menos aos que não compreendem a complexidade de  Tradicionalismo hierarquizado e engessado por  rituais e normas, as vezes  absurdas.
Por outro lado, não devemos compactuar com modismos consumistas que alienam os jovens dentro de um pseudo cultura “internacional” os transformando em bonecos, cyborgues, seres lobotomizados, sem vida cerebral autônoma da de seu pai e independente da barra da saia da mãe.
Devemos nos perguntar o que o jovem quer ?   - Ainda não sabemos ao certo, talvez nem  o próprio jovem saiba pois a juventude  é uma fase de descobertas e incertezas em direção ao mundo adulto cheio de deveres, trabalho e responsabilidades.
Como pais e sociedade em geral, deveremos escutar a juventude em geral, abrindo verdadeiros canais democráticos de diálogo, através dos quais o jovem manifeste-se livremente, e garantindo que suas críticas, reclamações e sugestões sejam levadas a sério e não esquecidas na gaveta. Temos o dever de preencher os vazios e vácuos culturais e afastar os achismos, a invencionice e os disparates personalistas.
Jovens com auto estima, auto determinação e conhecimento revoltam-se com os CTG(S) apresentam normas eivadas de imprecisões conceituais, falhas teórico-metodológicas,  erros epistemológicos,  nas sarjetas do Tradicionalismo Gaúcho.
Não é de agora a polêmica criada sobre a permissão e proibição de acesso aos  CTGs  e aos salões de fandango para pessoas que usam piercing, brincos, objetos metálicos e tatuagens no corpo. Neste ponto o Bom senso deve reinar, no sentido de que para uma interpretação artística em apresentação baseada em expressão corporal e retratação da história é evidente e claro que os Participantes de invernada artística deverão se desvenciliar-se  dos modismos e  respeitar a proibição de  o uso de piercing, brincos e outros adereços metálicos ou não, encravados na pele. Agora, por outro lado, o acesso, a frequência, a associação e participação destes jovens nas entidades tradicionalistas não deve ser barrada, pelo contrário devemos revelar a marca da hospitalidade e mostrar a eles o lado bom do Tradicionalismo e as coisa boas da nossa cultura gaúcha e/ou campeira.
Para  o item apresentação/interpretação( invernadas artisticas ) existem as diretrizes de indumentária do MTG apontam trajes específicos, tanto para homens como para mulheres, ao participar de competições regulamentadas pela entidade, pois o  gaúcho não é reconhecido somente pelos valores que preserva, mas por sua estampa.
O Tradicionalismo Gaúcho não deve ser confundido com a reação conservadora, por que além de afugentar o jovem, afasta outros associados que possuem uma bagagem intelectual de fundamento.
No trote da humanidade as aboboras vão se acomodando dentro da carroça, ou seja, aos poucos vamos entendendo que a cultura deve servir para algo mais que relembrar os feitos do passado, devemos permanentemente trabalhar para enriquecer o conteúdo cultural e produzir pessoas melhores para o convício social.
As aparências enganam já diz o ditado, tem muita gente bem vestida mas com o coração eivado de maldade e tem gente mal vestida com o coração cheio de amor. É um erro muito grosseiro e preconceituoso classificar as pessoas pela aparência.
O filósofo( critico ) não deve só denunciar, acusar, criticar e contestar; deve, além disso, apresentar elementos de análise e reflexão, para dar conta do problema levantado.
Os jovens só querem  estar “numa boa”, querem ser felizes, amarem  e se divertirem. Eles estão certos !  Texto com contribuição do Prof. Jorge F.D. Webber.

Nenhum comentário:

Postar um comentário